Sendo o Telegram um app russo, seria ele menos seguro aos ucranianos?

Certamente o questionamento, envolvendo o posicionamento do Telegram perante a guerra entre Rússia e Ucrânia, já passou pela mente de muitos usuários. Seria ele um app menos seguro aos ucranianos?

Para responder a questão, Pavel Durov, fundador do mensageiro, acaba de realizar uma postagem em seu canal (Durov’s Channel). Se você está familiarizado com a postura do app quanto ao quesito privacidade, já deve imaginar a resposta correta.

Vale lembrar que seja qual for a origem, de uma pessoa ou organização, nada deve justificar a guerra e seus atos de puro egoísmo e vaidade. Numa guerra, só existem dois lados, o do conflito e o da paz. E nada pode ser melhor do que a paz.

A origem do Telegram e dos irmãos Durov

Sabemos que o Telegram é um app de origem russa, lançado no país, em 2013, pelos irmãos Nikolai e Pavel Durov. E quanto a eles? Qual seria a origem dos irmãos Durov? É interessante termos conhecimento a respeito deste fato, já que a forma de muitas companhias agirem refletem os princípios e atitudes dos próprios donos.

Em sua postagem, Durov esclarece que sua família, do lado materno, foi deportada de Kiev, na Ucrânia, para Sibéria, na Rússia, em meio a Revolução de Outubro, conhecida como a segunda fase da Revolução Russa de 1917.

Durov afirma “até hoje temos muitos parentes morando na Ucrânia. É por isso que esse trágico conflito é pessoal tanto para mim quanto para o Telegram”. Aqui fica claro que a origem da família seria uma forte razão para não favorecer a Rússia em detrimento da Ucrânia, em relação à segurança dos usuários.

Para deixar seu posicionamento mais claro, Durov relata sobre o fim de sua carreira na Rússia. De acordo com sua postagem, tudo teve início, ou melhor, um fim, quando ocupando o cargo de CEO da VK, a maior rede social da Rússia e Ucrânia recebeu a ordem, por parte da Russian security agency, agência de segurança russa FSB que fornecesse os dados privados dos usuários ucranianos do VK que protestavam contra um presidente pró-russia.

Como recusou a cumprir a exigência, foi demitido da empresa (que ele mesmo fundou) e forçado a deixar a Rússia. Conforme o seu relato, faria tudo novamente, se necessário.

Durov menciona o post VK escrito por ele, em abril de 2014, quando o fato aconteceu.

Imagem: Post na rede social VK, de Pavel Durov

Segundo Durov, muitas coisas mudaram desde então, como o país onde reside e trabalha, mas algo permanece o mesmo: seu posicionamento em defesa à privacidade dos usuários. Como podemos ver, independentemente de sua origem, ou de seu app, Durov não permitiria que o Telegram fosse menos seguro aos ucranianos.

Qual sua opinião em relação à privacidade dos usuários defendida por Pavel Durov?  Escreva pra gente nos comentários!!

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