Você já ouviu falar em computação neuromórfica? E em computação quântica? Saiba que tanto uma quanto a outra são grandes apostas em relação ao futuro dos computadores utilizados atualmente.
Veja, por exemplo, a computação neuromórfica, em que novos estudos na área têm possibilitado a criação de elementos comparáveis a neurônios e sinapses cerebrais a partir do uso de diferentes materiais.
No ano passado, cientistas da universidade de Groningen, nos Países Baixos, utilizaram um tipo de metal complexo para este fim, além de spins, uma propriedade magnética dos elétrons que permite o transporte, manipulação e armazenamento de informações. Os resultados podem ser conferidos, na revista Frontiers in Nanotechnology.
Com o avanço nos estudos, uma novidade foi apresentada por pesquisadores do Instituto Real de Tecnologia KTH, na Suécia, junto a Universidade Standford, nos Estados Unidos.
Material 2D é desenvolvido para aplicação em computação neuromórfica
O novo material está presente nos componentes de memória de acesso aleatório eletroquímico (ECRAM) fabricado com carbonato de titânio 2D, responsável por executar as simulações das sinapses do cérebro humano com uma eficiência nunca antes alcançada, substituindo a necessidade, por exemplo de transistores.
Na ECRAM, construída pelos cientistas, o material principal é conhecido como MXene, um composto bidimensional que combina a alta velocidade da química orgânica com a compatibilidade de integração de materiais inorgânicos em um único dispositivo, afirma o professor de engenharia e coautor do estudo, Max Hamedi.
Este composto pertence a uma família de materiais que combinam a estabilidade de temperatura com a disponibilidade do espaço de composição, a ser utilizado na otimização do desempenho, essencial para o desenvolvimento de uma aceleração paralela em redes neurais artificiais.
Ainda, segundo Hamedi, “os ECRAMs 2D representam um avanço extraordinário, possibilitando a fabricação de dispositivos portáteis capazes de tarefas de computação muito mais pesadas, sem depender de nuvem”.
E aí? O que achou desta nova tecnologia? Gosta de ficar por dentro de assuntos como esse? Conte pra gente, nos comentários!!
