Documento do FBI, contendo informações sobre quais dados dos apps de mensagens, podem ser obtidos por agências de segurança estaduais e federais americanas, provoca discussões na internet e vira assunto em publicação de Pavel Durov, no Telegram.
The acordo com o site therecord, as forças de segurança dos EUA podem obter acesso limitado ao conteúdo de mensagens criptografadas de apps, como iMessage, Line e WhatsApp, mas não às vindas do Signal, Telegram, Threema, Viber, WeChat e Wickr.
Privacidade como discurso no alcance do poder
Ao permitir que conteúdos dos mensageiros sejam compartilhados com o governo americano, companhias como Apple e Facebook, atual Meta, deixam claro que seus discursos, envolvendo a importância da privacidade e mensagens seguras consistiam, provavelmente, apenas em estratégias para alcançar dinheiro e poder.
Em matéria publicada pelo site rollingstone afirma-se que, de acordo com o documento denominado “Acesso legal” do FBI, através de um mandato de busca, o WhatsApp poderá entregar contatos do catálogo de endereços de um usuário-alvo, bem como outros que o tenham em seus apps.
A entrega desses dados, menciona-se ainda, pode ter consequências graves para pessoas que buscam mensagens realmente seguras e anônimas, como jornalistas que trabalham com uma fonte confidencial ou ativistas que enfrentam ameaças e punições governamentais.
Em relação ao iMessage, mensageiro da Apple, o site enfatiza que, conforme diz o documento, tendo em mãos uma ordem judicial ou um mandado de busca e apreensão, a companhia deve entregar as informações básicas do usuário, bem como 25 dias de dados sobre as consultas feitas no mensageiro, contendo, por exemplo, o que foi visto por ele.
Para saber mais detalhes sobre as informações que as agências de segurança americanas podem ter acesso, confira a tabela abaixo:

Durov diz não estar surpreso que a maioria dos apps não garanta a privacidade de seus usuários. Mesmo se quisessem fazer isso, não poderiam, já que seus engenheiros residem nos EUA e precisam seguir ordens do governo, como por exemplo, a implementação secreta de backdoors nos apps.
Segundo Durov, na maioria dos casos, nem há necessidade de um mandato para extrair as informações. Alguns apps, como Anom e Signal, considerados seguros, foram financiados por agências governamentais, desde o início.
Ele menciona o caso da Agência de Segurança Nacional (NSA) capaz de decifrar padrões internacionais de criptografia. Apps americanos, como WhatsApp, segundo Durov, estão infestados de backdoors, que podem ser utilizados pelo governo e qualquer pessoa, para hackear smartphones.
Aos concorrentes americanos, Durov sugere alinhar as afirmações de marketing, ou como dissemos anteriormente, seus discursos, às ações praticadas. Somente assim, conseguiriam acompanhar o crescimento do Telegram.
Qual sua opinião a respeito do acesso, por parte de terceiros, aos conteúdos privados presentes nos apps? Escreva pra gente, nos comentários!!
