A matéria de hoje tem como objetivo proporcionar uma reflexão a respeito da forma de atuação das grandes empresas de tecnologia da atualidade, as Big Techs. Como seu agir pode interferir diretamente nos aspectos sociais, políticos, econômicos, ideológicos e culturais da sociedade como um todo? O que podemos esperar para os próximos anos?

As Big Techs da atualidade, como Facebook, Amazon, Microsoft e Apple, por exemplo, são detentoras de fortunas inimagináveis que só tendem a crescer. Você sabia que o valor de mercado de cada uma delas chega a se igualar e até mesmo a superar o PIB de diversos países do mundo?

É impossível não pensar na concentração de poder que se reflete no acúmulo do dinheiro nas mãos de poucos, fazendo com que empresas se tornem mais “importantes” do que países e pessoas.

O controle exercido pelas Sete Irmãs do Petróleo e o poder das Big Techs no mercado das tecnologias

Para compreendermos melhor o que está ocorrendo atualmente, é necessário voltarmos na história, mais precisamente no final do século XIX e início do século XX, quando ocorreu a repartição da gigante do petróleo, Standard Oil, do bilionário Jonh Rockefeller.

Rockfeller foi responsável por monopolizar o mercado de petróleo nos EUA, o que levou à promulgação da Lei Sherman Antitrust Act de 1890, para regular o comércio interestadual, declarando ilegal qualquer forma de conspiração que visasse restringir o comércio entre estados ou o comércio exterior.

Nos primeiros anos após a promulgação da lei, decisões da Suprema Corte muitas vezes impediam a sua aplicação. Foi somente com o presidente Theodore Roosevelt que ela teve definitivamente sucesso para quebrar os monopólios, inclusive da Standard Oil, acusada de conspiração para dominar o comércio.

Com a sua sobrevivência ameaçada, a Standard Oil e o governo iniciaram a campanha para a dissolução da companhia, ocorrida definitivamente no ano de 1911, por decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos.

Após este acontecimento, ela ordenou a criação de 34 novas empresas menores que deram origem à Exxon, Chevron, Atlantic e a Mobil que ainda possuíam o controle das empresas Rockefeller. Daí surgiram as Sete Irmãs do Petróleo, ou seja, as sete maiores companhias responsáveis pelo domínio do mercado de petróleo da época.

Essas empresas controlavam o mercado impondo preços baixos aos países produtores e garantindo a elas mesmas altas taxas de lucro. Claro que o resultado não poderia ser diferente: dívidas por parte dos países detentores de petróleo, guerras civis, quedas de governos e um dano inestimável ao meio ambiente.

A situação foi combatida através da criação da política petrolífera que passou a centralizar a administração da atividade, controlando os preços, o volume de produção e estabelecendo pressões no mercado. Foi quando surgiu a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A partir daí objetivos foram definidos, permitindo o aumento da receita e do controle sobre a produção de petróleo pelos países membros. O cartel das sete irmãs foi sendo rompido, dando espaço às empresas independentes e à expansão das estatais.

Nos dias de hoje, as principais petrolíferas do mundo são empresas nacionais estatais ou semiestatais, competidoras entre si e com outras do mesmo mercado.

Voltando à questão das Big Techs, podemos ver também as tentativas de controle, manifestações civis com atos de violência e inclusive derrubadas de governo. A história se repete? De certa forma acreditamos que sim. O que podemos esperar para os próximos anos? Infelizmente nada podemos prever.

Precisamos, sim, continuar a ter fé e fazer a nossa parte! Não apenas como simples usuários das novas tecnologias, mas principalmente, como seres humanos preocupados uns com os outros, buscando sempre o conhecimento e a verdade por trás dos fatos.

Qual sua opinião sobre o modo de atuação das Big Techs? Conte pra gente nos comentários! Sua opinião é sempre muito importante pra nós! Até mais!